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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A importância da comunhão entre os cristãos

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” Sl 133.1

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” Jo 13.34-35

    Ora, nos é notório, em todo o Novo Testamento, o amar à todos os homens. Mesmo nossos inimigos devem ser alvos de nossas intercessões e bênçãos. Assim, se segue a glória do amor de Deus: amar os próprios inimigos.

     Mas o que dizer então do amor fraterno, esse amor tão puro e forte que deve unir os filhos de Deus?

     Francisco de Sales nos ilumina a questão, ao dizer: “Meu Deus, se a boa amizade humana é tão agradavelmente amável, que não será ver a suavidade sagrada do amor recíproco dos bem-aventurados?”

     Eis como devem ser as amizades na fé, surpreendentes para o mundo. Uma amizade fundamentada na fé é verdadeira e jamais perece. Selada pelo próprio sangue de Cristo, esta relação afetiva deve se mostrar em obras, não em meras palavras. Muitas vezes temos visto o amor cristão ser reduzido a uma saudação com um sorriso no rosto, ou um abraço “instigado” pelos típicos pregadores de congressos em nossas igrejas. É óbvia a importância da cordialidade entre os cristãos, mas a comunhão deve ser mais profunda: Deve ser a mais terna comunhão de alma, a vontade de se estar ao lado do amigo, o querer-lhe bem de forma mais profunda, o ajudá-lo em suas dificuldades, o instruir-lhe e e o deixar instruir-se  por ele , na fé cristã.

     Deve haver:

    Comunhão na fé: A crença no mesmo Deus, no mesmo Cristo, na mesma fé básica. As orações recíprocas, estudos bíblicos, conversas sobre as coisas do alto, frequência ás reuniões de culto público(quando se congrega no mesmo lugar), bons conselhos e até mesmo repreensões, quando necessárias.

    Comunhão nas várias áreas da vida: O cristão, não sendo anjo, tem diversos assuntos que lhes importam para esta vida. Assim, precisam também trabalhar, estudar, pagar impostos. E estão passíveis de enfermidades, tentações e lutas. É ideal que, em todas essas áreas, os cristãos possam ajudar-se mutuamente no que for possível. Eis também, nas escolas e nas ocupações, a chance de manter comunhão com irmãos de outras tradições. Na área acadêmica, temos o ótimo exemplo da Aliança Bíblica Universitária (ABU), em meio a terrenos dominados pelo materialismo.

      Na amizade cristã, deve haver não apenas comunhão a respeito das crenças e obras de piedade, mas também, entre outros, atividades  daquilo que convém-se chamar “diversão”. É proveitoso e bom que os cristãos, especialmente os jovens, tenham atividades lúdicas, passatempos saudáveis, conversas sobre trivialidades, entre si. Uma comunhão em várias áreas. É assim que nasce uma boa amizade, como as queremos entre as ovelhas de Cristo.
   
      Devemos usar certos critérios ao escolher os amigos. Muitos deles acabam se tornando uma pedra de tropeço.. Sejamos bons para com todos aqueles que nos rodearem, e estendamos nossa amizade àqueles que, mesmo sem fé, se dão ao respeito. Mas lembremo-nos da grande importância de amizades cristãs, forjadas no fogo do zelo do Senhor.

   Assim sendo, busquemos uma comunhão mais íntima na Igreja, pautada pelo amor fraterno, respeito às diferenças, boa consciência e bom senso.

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